terça-feira, 14 de agosto de 2012

Volume de negócios na Fecoarte chegou a R$ 5 milhões

Fotos : Luzinete Bispo
Os empreendedores tocantinenses contabilizaram um volume de negócios, no atacado, no valor de R$ 5 milhões em vendas futuras, fora as vendas diretas no varejo, durante as duas rodadas de negócios da Fecoarte - Feira do Folclore, Comidas Típicas e Artesanato do Tocantins - valor além das expectativas.
Segundo o Sebrae, parceiro da Secretaria da Cultura - Secult no evento, o grande diferencial para as empresas compradoras foi a qualidade do artesanato. Outro fator que teria também impressionado foi a inclusão do artesanato indígena na mostra. “Isso vem mostrar que o Governo do Estado está no caminho certo, apostando nas parcerias para promover a qualificação dos artesãos, transformando-os em empreendedores. Estamos alcançando nosso objetivo, que é transformar o talento dos nossos produtores de artesanato em renda, incluindo-os na Economia Criativa e melhorando sua qualidade de vida”, afirma a secretária da Cultura, Kátia Rocha.
Fotos:Luzinete Bispo


Joias de Natividade
As Joias Artesanais de Natividade tem como design de ourivesaria a influência portuguesa com técnica da filigrana. É uma atividade presente na história em Natividade, que é conhecida como a cidade do ouro no Estado do Tocantins, e por meio do uso de joias artesanais por sua população. A demanda por peças cresceu bastante nos últimos anos e existe um mercado a ser explorado. No Portal Veios da Terra além das joias em ouro e prata de ourives do município de Natividade, também estiveram expostos artesanatos do vale do Cristal tocantinense e cerâmicas de olarias genuínas do estado.

Fotos: Luzinete Bispo
Desfile
Um desfile de moda lançou o catálogo “Palmas para o Tocantins”, que é um mostruário de acessórios feitos a partir de matéria prima totalmente natural como capim dourado, babaçu e fibras, com coloração de açafrão, jenipapo e urucum. Materiais utilizados por artesãs das regiões do Jalapão e do Bico do Papagaio integrantes do projeto Trabalho, artesanato, turismo e autonomia das mulheres, fruto de convênio entre a Fundação Cultural e a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do MinC (Ministério da Cultura).
Dividido em blocos, o desfile apresentou 120 peças em babaçu, capim dourado, palha de buriti, tecelagem, rendas, cerâmica e joias em ouro e prata, além de vestuário e acessórios para casa.
Fotos: Adilvan Nogueira
Boneca Ritxôko
Feitas exclusivamente pelas mulheres indígenas Karajá (o povo Karajá se autodenominam Iny (lê-se Inã), a boneca Ritxoko, é confeccionada em cerâmica e recebe tinta de sementes de urucum (Bixa orellana), planta originária da região amazônica, e tinta do jenipapo (preta), que em tupi-guarani, quer dizer "fruto que mancha, ou fruto que serve para pintar". Os indígenas usam a tinta do jenipapo também para pintar o corpo durante as celebrações culturais. Dizem que a tinta do jenipapo protege também contra insetos. No início de 2012, a forma de fazer a Ritxoko recebeu Certificado do Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico Nacional (IPHAN), tornando-a patrimônio cultural do Brasil. O Povo Iny vive na Ilha do Bananal, no Estado do Tocantins e são chamados Karajá e Karajá Xambioá(os indígenas que vivem no município de mesmo nome no norte do Tocantins). A diferenciação é apenas geográfica, são mesmo povo Iny.
Fotos: Luzinete Bispo
Culinária
A culinária regional do Tocantins foi uma atração à parte na 10ª Fecoarte. Um verdadeiro festival de cores e sabores que aguçou os sentidos dos milhares de visitantes que passaram pela feira no Centro de Convenções do Parque do Povo nos seis dias do evento. Paçoca de carne seca, caldos, bolos e biscoitos se transformaram em desafio aos adeptos das dietas e um convite ao prazer.
Nomes já conhecidos como “amor perfeito”, o biscoito feito também em outros lugares, mas sendo mais conhecido o de dona Naninha, de Natividade, e que já tem embalagem padronizada, se misturavam a outros também tradicionais, como os de Monte do Carmo: trovão, bolo de mãe, bolo de arroz, mangulão, cacete, bolo de puba, peta, quebrador e grolado, desafiaram paladares e, depois de uma boa degustação, se tornava quase impossível não levar ao menos um pacotinho para casa. E ainda havia os licores de caju e genipapo e uma infinidade de doces e compotas e cachaças artesanais, além do yakisoba, uma espécie de confirmação de que a colônia japonesa já é tocantinense.
Foto: Adilvan Nogueira
Show
Um grande show musical de artistas regionais precedido por apresentações indígenas e de bonecos gigantes fechou a programação do Circuito de Eventos Tradicionais do Tocantins em Palmas neste domingo, 12. Foram seis dias em que um público de cerca de 20 mil pessoas teve a oportunidade de apreciar a arte genuinamente tocantinense, com apresentações de bandas, cantores e compositores dos mais variados estilos, canto e dança indígenas, catira, suça e jiquitaia, congada e roda folia do Divino, num mosaico que demonstra a diversidade cultural do Estado.(Com textos das Ascom's do Sebrae e Secult)
Foto: Adilvan Nogueira
Fotos: Luzinete Bispo
Fotos: Luzinete Bispo