sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Antigo presídio funciona como pólo joalheiro



O antigo presídio São José, restaurado e repaginado ganhou denominação de "São José Liberto", em Belém (PA), abandonando definitivamente a imagem negativa de presídio. O prédio abriga o Museu de Gemas do Pará, instalado junto com a Oficina de Jóias e a Casa do Artesão, assumindo a função de espaço à cultura e à fabricação de jóias, artesanato e exposição permanente de artefatos da cultura marajoara e tapajônica.
O Museu de Gemas expõe uma belíssima coleção de pedras ametistas, quartzos, turmalinas e diamantes procedentes de várias regiões do Pará. Todas as pedras estão em estado bruto.
Na parte interna do antigo Presídio de São José ficam as oficinas de fabricação das jóias. As antigas celas funcionam como joalherias onde as peças são expostas para venda. Há também uma mini capela em um espaço, logo na entrada do prédio, no qual os condenados à morte, no passado, podiam fazer suas últimas orações.
O pátio interno possui um lindo jardim decorado com imensas pedras de quartzo e outros minérios em estado bruto, representando a riqueza mineral do Pará.
Na Cela Cinzeiro foi montado um memorial da época em que o prédio abrigou o presídio São José, contando um pouco daquela época, com sua triste história.
O prédio teve como primeira função abrigar um convento, construído pelos frades capuchinos em 1749. O terreno foi herdado do 13º capitão-mor do Pará, Hilário de Souza Azevedo. O presídio foi desativado em 2000, pelo então governador Almir Gabriel, transferindo os presos para um novo presídio, construído no município de Marituba.






Belém de muitas cores e cheiros



A capital do estado do Pará, Belém, guarda na memória arquitetônica e cultural fatos que marcam a sua trajetória religiosa, social, econômica e política. Tais características podem ser observadas em visitas feitas ao acervo arquitetônico do Complexo Feliz Lusitânia, que engloba o Museu de Arte Sacra, Forte do Presépio, Catedral de Belém, Casa das Onze Janelas.
Mas, Belém consegue mostrar as belezas da arquitetura e dos monumentos do período colonial também na arquitetura da Basílica de Nazaré, Igreja das Mercês, Igreja do Carmo, Palácio Antônio Lemos, Museu do Estado (Palácio Lauro Sodré), Museu de Arte de Belém, Teatro da Paz e do famoso Mercado do Ver-o-Peso. Ressalto também o Bairro Cidade Velha onde tudo originou-se, dos seus casarões, dos prédios cobertos de azulejos vindos de Portugal e da França, embora estejam precisando de revitalização e maior valorização da população belenense.


Forte do Castelo
Fundado no século XVII, às margens da Baía do Guajará, o Forte do Castelo marca a origem da cidade de Belém e da colonização portuguesa na Amazônia. A edificação inicial do Forte foi feita em madeira com cobertura de palha, que à época foi chamado de Forte do Presépio, em alusão à data da partida da frota portuguesa, em 25 de Dezembro de 1615. Os índios Tupinambás ajudaram na construção do Forte, no qual foram construídos uma capela e alguns casebres para abrigar os soldados.
Hoje o prédio é um espaço cultural e um dos principais pontos turísticos de Belém, que permite ao visitante apreender com facilidade os usos e costumes culturais, sociais e militares do belenense no passado e seu importante papel para o progresso da cidade. A cidade de Belém restringia-se ao Forte e ao casario construído nos arredores deste, sendo um pequeno núcleo chamando de Feliz Lusitânia.

Casa das Onze Janelas
A Casa das Onze Janelas foi construída no século XVIII, por um rico senhor de engenho chamado Domingos da Costa Bacelar para sua residência. Posteriormente, a casa passou a funcionar como hospital, por intervenção do governador do Pará, Francisco de Athayde Teive, sob ordem do Governo Português. A casa deixou de funcionar como hospital em 1870, embora ainda tenha continuado a funcionar para funções militares, sendo o Corpo da Guarda e a Subsistência do Governo até o final do século XX. Hoje o local integra a paisagem com a história, lazer e cultura. Nela funciona o excelente e badaladíssimo Bar das Onze, com música ao vivo, um dos principais “points” da noite em Belém. Também abriga um restaurante com mesas ao ar livre às margens do rio.

Museu de Arte Sacra
O Museu de Arte Sacra funciona no conjunto formado pela Igreja de Santo Alexandre e pelo Antigo Palácio Episcopal (originalmente Colégio de Santo Alexandre). A Igreja era uma simples capela de taipa em homenagem a São Francisco Xavier, construída em 1653, juntamente com o Colégio de Santo Alexandre.

Igreja da Sé 
A Igreja da Sé Catedral Metropolitana em 1716, no interior do Forte do Castelo, foi construída uma capela dedicada a Nossa Senhora das Graças que, anos depois, ficaria em ruínas. Somente em 1748 foi iniciada a construção do atual templo, com telas, afrescos e painéis de grande valor.

Igreja das Mercês 
A Igreja das Mercês teve sua construção iniciada em 1640, sendo concluída em 1748. A edificação atual, construída sob projeto do arquiteto italiano Antonio Landi, na segunda metade do Século XVIII, é a única, em Belém, com fronteira em perfil convexo.

Mercado Ver-o-Peso
Mas o cartão postal de Belém é o Mercado Ver-o-Peso que foi erguido nas margens da Baía do Guajará, não se sabe ao certo a data, alguns historiadores acreditam que a edificação é de 1688. O Ver-o-Peso foi erguido pela necessidade de criar um posto de fiscalização devido à intensificação do fluxo de mercadorias que chegavam à capitania.
Símbolo cultural e turístico, no qual o turista e a população local podem encontrar frutas de sabores característicos da região, plantas ornamentais, artesanato marajoara e as famosas ervas medicinais usadas na composição de banhos e defumações. Complexo do Ver-o-Peso abrange a Estação das Docas, o Mercado Municipal (o chamado Mercado de Carne) a feira-livre, além da Praça do Pescador, de onde é possível apreciar a Baía do Guajará; e o Solar da Beira, localizado bem no centro da feira.
O Ver-o-Peso contém bancas comerciais de peixe proveniente dos rios paraenses e também trazidos por pescadores do mar aberto. O cheiro de peixe é forte, mas a riqueza histórica e comercial é bem retratada no local. Na feira ao lado do prédio principal o turista pode experimentar o tradicional açaí na tigela com peixe frito e farinha, prato típico do estado.

Estação das Docas
O Mercado de Ferro, que abriga a Estação das Docas, teve todas sua estrutura trazida da Europa em 1899, no auge da riqueza da borracha, seguindo um padrão arquitetônico europeu, de estilo eclético.
Criada a partir da restauração do antigo porto de Belém, a Estação das Docas oferece ao turista um complexo seis restaurantes, uma chopperia, lojas e quiosques de artesanato, salão de beleza, salas multiuso para realização de eventos, agência de câmbio, de viagem e bancos 24 horas, além de sorveteria e produtos regionais. Há, ainda, exposições permanentes com a história do porto e arqueologia urbana, cinema, teatro e salas para eventos.
O local é um grande centro turístico-cultural e de lazer na cidade de Belém. A Estação das Docas foi ricamente reurbanizada, contando com três armazéns, que oferecem aos visitantes variadas opções de gastronomia e cultura e um terminal de passageiros.
O turista passa o dia sem notar de tão agradável é o local. Interessante mesmo são os palcos móveis, no alto, acima das cabeças dos visitantes, de onde bandas e conjuntos musicais oferecem música ao vivo para os clientes dos restaurantes durante o almoço e jantar. Os referidos palcos é o reaproveitamento dos antigos trilhos de guindastes usados para embarcar e desembarcar mercadorias nas antigas docas.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Mangal das Garças



Quem vem a Belém não pode deixar de conhecer inúmeros pontos turísticos na cidade e suas ilhas ao entorno. O Parque Mangal das Garças é um desses lugares nos quais a gente quer parar e ficar observando a fauna e flora para “desanuviar” a mente.
Muita coisa para se ver no Mangal das Garças, além das próprias garças. A comida no restaurante Manjar das Garças então, nem se fala, é ótima. Vamos ao que interessa, o parque é a revitalização de uma área de cerca de 40.000 metros quadrados às margens do Rio Guamá, em Belém.
É um lindo e agradável recanto, um dos pontos turísticos mais elogiados de Belém, dentro da cidade, para se ver lagos, aves, vegetação típica, equipamentos de lazer, restaurante, vistas espetaculares da cidade e do rio.
No local podemos visitar o Memorial Amazônico da Navegação, Borboletário José Márcio Ayres, Viveiro das Aningas, Farol de Belém, Restaurante Manjar das Garças, Mirante do Rio, Armazém do Tempo, Fonte de Caruanas, Lago Cavername e Lago da Ponta.
A entrada no Mangal das Garças é franca, exceto nos espaços de visitação monitorada, sendo o Borboletário José Márcio Ayres, Farol de Belém, Viveiro das Aningas, e Memorial Amazônico da Amazônia.







Paragominas recebe jornalistas de turismo em press trip



Um grupo de jornalistas especializados em turismo da Abrajet - Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo - viajou de Belém, capital paraense, até o município de Paragominas para conhecer as belezas naturais e seu potencial turístico a convite da Abrajet – Pará, Paratur e Prefeitura Municipal.
Lá chegando foram recepcionados pelo vice prefeito do município, Paulo Tocantins, e pela secretária de cultura, Aparecida Luciano, e pelo ex-prefeito e atual secretário de produção do Estado do Pará, Sidney Rosa.
A recepção foi no Espaço Cultural, onde o grupo ouviu a apresentação da Orquestra Municipal Daniel Nascimento, que tocou o Calypso. Em seguida, houve apresentações de carimbó, coreografia da lenda Tambataja, grupo da terceira idade com a dança “Na Sola da Bota” e Hip Hop. Todos os integrantes das atrações culturais, jovens e crianças são atendidos por programas sociais para famílias de baixa renda.
No domingo os jornalistas participaram de intensa programação com visitas ao Parque Ambiental, Obras do futuro lago, sitio Colônia do Uraim e em seguida retornam ao hotel Regente Paragominas.

Ciclo de palestras discute temas importantes para o Trade



O XXVIII Congresso da Abrajet também teve em sua programação um ciclo de palestras nas quais os jornalistas discutiram os temas: A “Importância das Mídias Sociais para o Turismo”, o “Legado Turístico dos Megaeventos Esportivos” e o “Transporte Turístico na Amazônia”, além de um debate sobre a “Divisão Territorial e as Perdas para o Turismo”.
O conselho diretor da Abrajet realizou sua reunião anual e logo após se reuniu em Assembleia Geral com os associados para deliberar vários assuntos, dentre eles, a escolha do próximo Estado a receber o congresso de 2012.
A partir do dia 24 e seguindo até o dia 27 a agenda do evento foi reservada aos press trips, quando os jornalistas foram levados para os pólos turísticos para conhecer e divulgar os principais atrativos do Pará.
Dia 26 a imprensa especializada em turismo recebeu homenagens na Assembleia Legislativa do Estado do Pará, em sessão especial, às 10hs, como principal motivação em referência ao Dia Mundial do Turismo, celebrado em 27 de setembro.
O encerramento da programação aconteceu dia 27, às 20h, com apresentação de música clássica da orquestra Amazônia Jazz Band, no Theatro Maria Sylvia, na Estação das Docas.





Jornalistas admiram a dança do Carimbó de Marapanim



Jornalistas de turismo de todo o Brasil e do exterior presenciaram também um show de carimbó de Marapanim, exposição de mantos e cortejo da berlinda de Nossa Senhora de Nazaré e uma demonstração do Auto do Círio que foram os grandes momentos da noite de abertura do congresso da Abrajet.
Carimbó – palavra de origem africana, inspirada no curimbó – um tipo de tambor feito de uma tora de pau oco, recoberta em uma das suas extremidades por couro de animal qualquer.
Carimbó tem o som contagiante, seu dançar é um folguedo, que tem como característica principal a dança circular de pares soltos, mas em perfeita harmonia entre o casal.
O folguedo causou grande admiração à imprensa especializada  em turismo e cultura no Centro de Convenções durante a abertura oficial do XXVIII Congresso da Abrajet.
Com varias manifestações nos sítios e fazendas, como dança do bangüê, dança do gambá, dança do bagre, ginga de capoeira e outros. No município de Marapanim com forte manifestação da dança, deu nome ao Carimbó de Marapanim. Segundo a direção da Paratur, esta manifestação aconteceu no núcleo habitacional denominado: - posse ou sitio Santo Antonio, hoje vila de Maranhão (Maranhãozinho) localizada as margens do rio Paramaú, afluente do rio Marapanim.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Pará realiza pré lançamento de Coleção Jóias de Nazaré para jornalistas da Abrajet



O desfile de pré-lançamento da coleção Jóias de Nazaré 2011, realizado em cinco blocos, integrou as atrações culturais da solenidade de abertura do Congresso da Abrajet, mostrando peças criadas pelos designers, ourives, lapidários e artesãos do Pólo Joalheiro do Pará.
Ao som de música instrumental, vestidas como anjos as bailarinas Ana Beatriz Coelho e Paula Fernandes Andrade abriram caminho para a entrada os seis modelos masculinos, já ornamentados com as jóias, sob suas capas rústicas e lanternas. Peças em ouro, prata e gemas minerais e orgânicas encheram de beleza e fascínio a passarela montada no Hangar.
O cenário do desfile relembrou o ambiente da floresta da ocasião em que um caboclo encontrou a imagem da santa às margens de um rio, 39 das 103 jóias mostradas no evento, compõem a coleção “Jóias de Nazaré” deste ano, intitulada “Madonas do Barroco – A fé nos braços da Mãe”.
O desfile foi finalizado com a encenação do achado da imagem, quando um dos modelos retirou de dentro de uma árvore a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, a mostrou ao público fazendo a saudação tão comum durante o Círio: “Viva Nossa Senhora de Nazaré!”, sendo aplaudido por todos. Para finalizar o desfile, o modelo fez a entrega da imagem ao presidente nacional da Abrajet, Hélcio Estrella.

Mais de 200 jornalistas são agraciados com pratos típicos da gastronomia paraense


Jornalistas foram recebidos com jantar típico preparado pelos chefes
de cozinha Fábio Sicília, Ilka do Carmo e Sebastião Rosivaldo
Foto: Luzinete Bispo


Na cerimônia de abertura do XXVIII Congresso da Abrajet os jornalistas contaram com exposições, desfiles de jóias, shows com danças típicas de Carimbó, além de um grande jantar com iguarias da culinária paraense servidas à população durante o Círio de Nazaré, festa religiosa do povo paraense e uma das maiores romarias católicas do Brasil e do mundo. O Círio de Nazaré atrai mais de dois milhões de pessoas à Belém todos os anos na primeira quinzena de outubro.
Pato no tucupi
O cardápio do jantar foi preparado pelos chefes de cozinha Fábio Sicília, Ilka do Carmo e Sebastião Rosivaldo, com destaque especial ao pato no tucupi, à maniçoba, o vatapá, ao arroz paraense e a uma deliciosa receita de bacalhau.
Jambu


O pato no tucupi é um prato brasileiro típico da culinária paraense. É preparado com tucupi, líquido amarelo retirado da mandioca brava, e com jambu, uma verdura típica do Pará, que possui propriedade anestésica, causando uma leve sensação de formigamento na língua.
Maniçoba
O tucupi e o jambu também estão presentes em outra iguaria paraense à base de camarão chamada tacacá. Pode ser acompanhado por arroz branco ou farinha-d'água de mandioca.
Além de degustar pratos típicos, os presentes tiveram a oportunidade de conhecer um pouco da belíssima e tradicional Festa do Círio de Nazaré.
Tacacá
Apreciei muito o tacacá em Belém
Tacacá é uma iguaria da região amazônica brasileira. É preparado com um caldo fino de cor amarelada chamado tucupi, sobre o qual se coloca goma, camarão e jambu. Serve-se muito quente, temperado com sal e pimenta, em cuias. O tucupi e a tapioca (da qual se prepara a goma), são resultados da massa ralada da mandioca que, depois de prensada, resulta num líquido leitoso-amarelado. Após deixá-lo em repouso, a tapioca fica depositada no fundo do recipiente e o tucupi, na sua parte superior. Sua origem é indígena, do qual fez nascer o atual tacacá, com caldo de peixe ou carne, alho, pimenta, sal, às vezes camarões secos.
Jornalista Cristina Lira, de Natal (RN), e esta blogueira de turismo após degustação os pratos típicos do Pará